quinta-feira, 19 de maio de 2011

PALÁCIO DA QUINTA DO FOJO EM CANIDELO DE VILA NOVA DE GAIA

Encontro com um ex-residente de Canidelo



Ao me encontrar em SANTAR, a cerca de 17 quilómetros de Viseu, com D. Miguel Rafael de Bragança, (o segundo filho de D. Duarte Nuno de Bragança) foi como que o encontrar-me com uma pessoa de família que não visse há umas dezenas de anos.



No enorme portal da sua quinta, ao fundo da rua, num imenso largo, surge-me, sem protocolos, D. Miguel. De roupas de trabalho, botas de água de borracha até meia perna, de boné, regressava do exterior, em destino à quinta, onde, sempre trabalhava no amanho das terras e das vides. Produção de vinho, entre algumas outras variedades agrícolas era o seu prazer, àqueles anos de 2003.



Cumprimentou-me efusivamente, sem me conhecer e, eu se me lhe dirigi, apresentando-me como cidadão de Canidelo em Vila Nova de Gaia, seu antigo vizinho do Palácio do Fojo;



Saiba Vª Senhoria que, sou natural de Canidelo de Gaia e que morei no Paço, na casa das mestras, a mesma casa onde minha mãe e meu avô nasceram e, onde, eu ouvi contar desde a minha infância, toda a vida da Exmª Família de Vossa Excelência; disse-lhe.



Os olhos saltaram-lhe, olhou-me e, ficou, ali, no meio de meio rua meio largo, inicialmente a ouvir-me e, depois, a contar-me, recordando, algumas partes da sua vida em Canidelo;



Morei sim, naquela casa enorme da quinta do Fojo, mas, foi a título de favor e, temporariamente. Foi a excepcional benevolência dos proprietários, que nos concedeu ficarmos por um determinado, longo, tempo, ali a morar.
E prosseguiu; A nossa casa era uma outra, do outro lado da linha do comboio, precisamente por traz daquela. Foi-nos retirada, essa nossa casa, que, era a de família. Confina com a freguesia de Canidelo e a da Madalena. Continuou; lembro-me que tinha uma enorme escadaria, toda em alvenaria de pedra e ficava virada para a linha férrea. Ainda agora, quando faço viagens Porto - Lisboa, ao passar naquele lugar, no apeadeiro de Coimbrões, imediatamente me levanto para admirar o que dela resta. É de lamentar o estado a que a deixaram chegar. Está absolutamente destruída, agora. Há uns anos, quando lá passava, nem se via, tal eram os silvados e matos que cobriam a escadaria e toda a fachada, prosseguiu.




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Reparei que, foi com bastante pesar que recordou certas passagens que ali viveu, enquanto muito novo. Um dos pormenores de que não esqueceu, foi o de que existiam duas enormes palmeiras (creio que duas me disse) defronte ou ao lado da casa.





Fiquei de ir fotografar a dita casa, para mais tarde lhe ir entregar as fotos. Fui ao local, só que não as concluí. Fiquei de tal maneira desolado com o estado de degradação da mesma, sem sobra de pedra sobre pedra, que nem vontade deu de sacar da máquina. E até hoje Dº Miguel está à espera que lhe leve as fotos. Peço-lhe me desculpe tal facto, embora, não me sinta em falha, pois, que, também não tinha coisa alguma para fotografar.


PALÁCIO DA QUINTA DO FOJO


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Quanto à casa que apresento, da quinta do Fojo, aquela em que viveu o meu interlocotor, essa, foi quartel general das tropas Inglesas sob o comando do General Lord Wellington, adequando das invasões Francesas de Napoleão.




Todos estes pormenores me eram contados pela minha mãe, que, nasceu em 1917, a cerca de dois mil metros de distância, dentro da mesma freguesia; Canidelo.



As populações de Canidelo, da época, reverenciavam D. Duarte Nuno de Bragança e sua Digníssima Família.



Quanto a mim, tenho presente, embora sem consciência, destes acontecimentos, somente a partir de cerca de 1958, a partir dos cerca de sete anos.
João da mestra



General Lord Wellington






































































































































































































D.Duarte Nuno Fernando Maria Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo António de Bragança foi o 23° Duque de Bragança e o herdeiro do trono de Portugal.
Em
1942, casou no Brasil, com D. Maria Francisca de Orleães e Bragança, princesa de Orléans e Bragança e bisneta de Pedro II, Imperador do Brasil (1825–1891). Através deste casamento, uniram-se os dois ramos da família. O casal teve três filhos:
D.
Duarte Pio de Bragança (Berna, 1945–), reivindica os títulos de Duque de Bragança e de Príncipe Real de Portugal.
D. Miguel Rafael de Bragança (Berna,
3 de Dezembro de 1946–), reivindica o título de Duque de Viseu.
D. Henrique Nuno de Bragança (Berna,
6 de Novembro de 1949–), reivindica o título de Duque de Coimbra.
D. Duarte Pio de Bragança nasceu em
Berna. Foi o primeiro filho de D. Duarte Nuno de Bragança e de D. Maria Francisca de Orléans e Bragança. Os seus padrinhos de baptismo foram, por representação, o Papa Pio XII, a Rainha-viúva D. Amélia de Orleães e a Princesa Aldegundes de Liechtenstein.
D. Duarte Pio de Bragança é o herdeiro do título de Rei de Portgal.



A família Bragança foi autorizada a regressar a Portugal pela lei 2040 de
20 de Maio de 1950. Três anos mais tarde, uma grande parte da família se estabeleceu em Portugal. O núcleo da mesma fixou residência, inicialmente, na quinta da Bela Vista, em Canidelo, Vila Nova de Gaia, propriedade de D. Maria Borges e dos condes da Covilhã, mudando-se depois para o palácio de S. Marcos, nos arredores de Coimbra,[4] parcialmente cedido pela Fundação da Casa de Bragança
(EXTRAÍDO DE WIKIPÉDIA – D. Duarte Nuno e D. Duarte Pio, Duques de Bragança)






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