terça-feira, 25 de janeiro de 2011

MEIRAL OU PAÇO DE CANIDELO GAIA - JARDIM E CRUZEIRO DO PAÇO - SANTUÁRIO DE SCHOENSTATT - CASA DAS MESTRAS - QUINTA DO PAÇO

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MEIRAL OU PAÇO DE CANIDELO - GAIA



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JARDIM E CRUZEIRO DO PAÇO DO MEIRAL

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Oleiros, Escultores e Artistas da Minha Terra
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Sou natural de Gaia,
Terra muito importante,
Por famosos escultores,
Ceramistas, modeladores,
Que ao mundo deram Arte.
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E, para iniciar cito,
Aqui, o meu Avô,
João Queirós Monteiro,
Importante e grande oleiro,
Que muito novo morreu,
Mas que muita Arte deu,
Ao povo e a plebeu,
De louça de barro, grés.
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Porque hoje eu tenho horror,
Dos que lhe dão pontapés,
Guardo com muito Amor,
A Arte daquele escultor.
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E se de Oleiro sou neto,
Bisneto sou, do Oleiro,
António Queirós Monteiro.
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E cinco gerações vão já,
Desde o meu trisavô,
Bernardo Queirós Monteiro.
Ele também foi Oleiro.
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Mea Vila de Gaya,
Eu te tenho muita honra,
Porque de Gaia eu sou:
Porque desde remotos reinados,
Como o de Maria segunda,
E desde os tempos da lenda,
Do romance de Garret,
Que seu génio celebrizou.
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Dever é meu, estudar teus usos,
E costumes e, registar, Aqui;
As figuras que nasceram, Aqui,
E a Arte que deram, Aqui;
A esta Mea Vila de Gaya,
Que hoje também evoco, Aqui:
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Os que o escopro manejaram,
Os que a cerâmica cozeram.
Os que a grés trabalharam,
Os que o barro moldaram.
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Desde o grande escultor,
Ao génio modelador,
Passando p´los humildes “Oleiro”,
João Queirós Monteiro,
António Queirós Monteiro,
Bernardo Queirós Monteiro.
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Oleiros tradicionalistas,
Foram humildes barristas,
Do Candal, em Santa Marinha,
Que lhe davam a matéria prima,
Nas saibreiras e barreiras.
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AH! História, quantos valores,
Nesta terra de escultores,
Deixas-te de registar?
Quantos nomes esquecidos,
E também ignorados,
Que não tiveram a sorte,
De a ninguém mais lembrar?
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E porque nos livros deveriam estar,
Presentes e não estão,
Hoje lanço á confusão,
De com importantes misturar,
Os humildes, que, presentes estão,
Mas dentro do meu coração;
E todos misturados são:
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Bernardo Queirós Monteiro - meu trisavô N. Canidelo
António Queirós Monteiro - meu bisavô N. Canidelo
João Queirós Monteiro - n. 1884 -meu avô N. Canidelo
Alfredo Ferreira da Silva - meu bisavô - N. Canidelo
António Soares dos Reis, - n. 1847 N. Mafamude
António Alves de Sousa, f. 1922 N. Vil. Andorinho
Augusto Santo, n. 1868 N. Gaia
Fernandes de Sá, n. 1874 N. Avintes
José Joaquim Teixeira Lopes n.1837 – Mestre Teixeira Lopes
Manuel Teixeira Lopes n. 1907 - Sobrinho do Mestre T. L.
António Teixeira Lopes - Filho do Mestre T. L.
José Teixeira Lopes n. 1872 – Filho do Mestre T. L.
Adolfo Marques, pai n. 1861 - N. Avintes
Adolfo Marques, filho n. 1894 - N. Avintes
António de Azevedo n. 1889 N. Mafamude
Carlos Meireles n.1889 discípulo de Teixeira Lopes
Diogo de Macedo n.1889 discípulo de Teixeira Lopes
Eduardo Tavares n. 1918 obteve o prémio T. Lopes
Henrique Moreira n. 1890 aluno de A.Teixeira Lopes
Joaquim Fernandes Gomes n. 1896 N. Oliv. Douro
Joaquim Meireles n. 1879 trabalhou na ofic. Teix. Lop.
José de Sá Lemos n. 1892 discípulo de Teixeira Lopes
Manuel Pereira da Silva n. 1920 N. Avintes
Oliveira Ferreira n.1883 disc. e trab. Of. Teix. Lopes
Pereira dos Santos n.1902 N. Oliv. Douro
Rudolfo Pinto do Couto n. 1888
Sousa Caldas n. 1894
Zeferino Couto n. 1890 N. Olival - Gaia
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E dos populares Oleiros:
Domingos Alves de Oliveira – Santa Marinha - n-1672
Pai de Domingos Alves de Oliveira
Avô de Domingos Alves de Oliveira
José Fernandes Caldas, n. 1866
João de Alfonseca Lapa, n. sec XX – Santeiro
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Todos eles modeladores,
Do barro, do grés, da terracota.
De Gaia todos foram artistas,
De Oleiro, grandes malabaristas.
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Do barro nasceram os barristas,
Gaia, Império foi da Arte
Popular, sempre em ascensão;
O Bernardo, o António e o João.
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E só hoje investiguei,
Só hoje o descobri,
Mas de imediato aqui lavrei,
Aquilo que só agora sei,
O que nunca em outra terra vi:
Em Sant André de Cannydello,
Em meados de oitocentos,
Todo o homem era Oleiro.
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E faço mais uma homenagem,
Desta, Alfredo Ferreira da Silva,
Qu´era do Paço do Moiral.
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A sua arte era a Arte,
Que em Canidelo evoluiu,
Que de Canidelo saiu.
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Na arte da olearia,
Ele manuseou o barro,
Ele fabricou poteria.
Ele coseu a grés,
E fez estatuaria.
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Com terra, terracota,
Amassada, manuseada,
Rodada no rodapé,
Com rodapé rodada.
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Só hoje investiguei,
Só hoje descobri,
Santo André de Canidelo,
Deu Arte ao mundo inteiro.
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No Paço do Moiral,
Por terras de Canidelo,
Existiu um Bisavô,
Ele também foi oleiro,
Da época d’ oitocentos;
Da minha mãe foi Avô,
Foi o pai do meu avô.
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João da mestra


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AS CEREJAS
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Cerejas amarelas, vermelhas, claras, escuras, castanhas, cor de fogo rubro e do ferro quando aquecido. Cereja preta, cereja brava, cereja purga, cereja negra, cereja de saco ou sem saco; são imensas as espécies de cerejas mas, na minha aldeia é quase nula a produção de cereja. Não me recordo de na minha aldeia ver qualquer tipo de cerejas penduradas nas cerejeiras, sua mãe, ou de ver cerejais que, é o lugar onde nascem, crescem e se produzem as cerejeiras, nem tão pouco me recordo de ver tal árvore ou aglomerado de árvores - os cerejais, lá na minha aldeia.
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Lá na minha aldeia, existem isso sim, os motivos; as pessoas, a vivência, os hábitos, os costumes, os lugares tradicionais e rústicos, os povos que sempre foram aprisionados à terra - os nativos e, aqueles que nunca o foram mas que nos fins das suas vidas, quando chega a idade da velhice, da reforma, sempre voltam. Os artesãos, os rústicos, os homens da terra e os donos das terras, as profissões exercidas por Valentes homens e Valentes mulheres e, os malabaristas. A paisagem bela ou esplendidamente bela, bucólica, tranquila, mas, também os lugares de frenesim, de movimento; as praias, o campo, os pinhais, o rio, o areal, o mar e tudo o mais que dão origem e são a origem das conversas, que são exactamente como as cerejas; quando uma vez agarradas e puxadas nunca mais param de surgir, de aparecer, de lembrar, de contar, de falar, de comentar, de escrever.
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Exactamente como as cerejas, são agora as conversas: conversas amarelas, vermelhas, claras, escuras, castanhas, cor de fogo rubro e do ferro quando aquecido. Conversas pretas, conversas bravas e purga. Conversas negras, conversas de caixão à cova, conversas sem caixão mas de faca e alguidar; são de imensa ordem as conversas que, exactamente são como as cerejas.
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Uma das razões a que exactamente esta “conversa” se deve é que após terminada a “conversa da história” do senhor I. S. e as suas “conversas - histórias,” mencionadas na minha “conversa história de vida” e que foram origem de muitas conversas com o mesmo, logo me surgiram, outras, que não foram contadas e, como “vem a talho de foice” , dizer que “as conversas são como as cerejas”, dois termos usados frequentemente pelo amigo de longa data e, quase familiar por afinidade mas, familiar mesmo pelo coração, que é o meu interlocutor, ou neste caso, lhe deveria chamar de entrevistado, abri este tema das cerejas.
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Acrescento o que não contei; que o seu padrinho de boa memória, Senhor Manuel, já não entre nós, foi a primeira pessoa que comigo conversou e que me deu a primeira lição de Literatura e de Antologia de Autores Portugueses, fazendo-me compreender que aqueles que eu estudava na escola nocturna, no quarto ano da disciplina de Português, eram os que o regime de Salazar permitia. Pura e simplesmente só esses. Os outros, desconhecidos porque contra o regime estavam, ou eram, ou porque de cor desbotada, eram esquecidos e ficavam fora do ensino, também fora do ciclo comercial e, até fora do país. Autores esses que ele me citou e que alguns deles vieram a ser introduzidos no ensino, outros, que eu nunca mais deles ouvi falar.
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A segunda razão de recordar o Senhor I. S. que, repetia constantemente “vindo a talho de foice” ou que “as conversas são como as cerejas” é que esta minha história de vida é “uma conversa” com muitos contos no seu seio, que está sempre em movimento expansionista; é um campo de cerejas - um cerejal ligado pelos ramos onde uma vez puxada uma cereja se esvazia essa cerejeira e depois outra e outra até o cerejal ficar desbastado mas, eis que outra época sazonal chega e uma nova série de escritos surge com novas histórias, novos contos, novos temas, novos capítulos - renovações de cerejais com ampliações de cerejeiras para renovações e ampliações de novas histórias e de novos contos que vão dar uma nova vida ao principal conto e, uma mais vasta história de vida surge, que mais não terá fim.
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Conto mil histórias numa só história:
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Uma história com cinquenta e oito anos de vida e, os cinquenta e oito anos de vida revividos numa só história.
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Que esta história, de para já uma curta vida, tem custado um preço muito elevado, isso tem; São já muitos milhares de horas sentado ao computador a escrever, a compor, que se fossem em um automóvel a conduzir representariam muitos milhares de quilómetros. Afirmo portanto que, esta história de vida tem já milhares de quilómetros, milhares de horas, muitas centenas de semanas, longos meses, mais de dois anos; imensas noites de raciocínio acordado, de vigília e, muitos grandes mares de água salgada que correm, que encheriam um Oceano.
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É a epopeia da minha família e a minha também.
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“São mares salgados cujo muito desse sal são as lágrimas de um cerejal”-
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- A família Pinto da Silva
* * * * * * * Queirós Monteiro


Homenagem a I..........S....... – Salve 12 de Abril de 2010
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João da mestra*
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Casa das mestras
> > > > > > > > >...também, agora, Casa das Sementes, pelo presente negócio de sementes, artigos para jardinagem, lavoura e comida para aves e animais.

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Santuário de Nossa Senhora de Schoenstatt
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Quinta do Paço -, entrada secular pelo Meiral também chamado de Paço



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VIDA ANIMAL

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Afinal, quem é o animal ?
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Senhoras e Senhores,
Jovens meninas e meninos,
Menos jovens, velhos e divorciados,
Solteiras, solteiros ou casados,
Todos os namorados,
Em geral, tod´ a população:
Tomem bo´ atenção,
E, melhor pensem, pois então;
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Se pretendem animal adoptar,
E algum pr´a casa levar,
Doméstico ou d´estimação,
Isso vai ser uma grande prisão.
Perderá sua liberdade,
E também sua privacidade.
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Eu vos estou à´visar,
P`ra que depois não os venham à´bandonar;
Pata, pato, ou garnizé,
Galinha, galo, ou chimpanzé,
Gata, gato, ou leopardo,
Cão, cãozinho, ou cãozarrão,
De raça todos eles são.
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Pomba , pombo, ou rola,
Caturra, pega ou papagaio,
Todos servem pr´a satisfazer o catraio,
Ou p´ra sua satisfação.
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Não o faça por nenhuma razão,
Porque quando de férias for,
Não haverá nenhum estupor,
Que lhos tome conta por favor
E, ficarem sozinhos em casa,
Isso não vai poder acontecer;
Se for par´ abandonar,
Mais vale então não adoptar.
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É muito fácil na loja os comprar,
É muito fácil p´ra casa os levar,
É muito fácil adoptar,
Mas, depois no próximo Verão,
Logo todos os bichos irão,
Pela porta fora, toc´andar,
Uma grande volta irão dar;
Serão postos “a passear”,
Você QUE OS ADOPTOU,
Agora os irá abandonar,
Então p´ra que os foi adoptar?
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ISSO É CRIME, BOMBÁSTICO,
NÃO SABIA QUE NÃO SÃO DE PLÁSTICO?

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majosilveiro